One Shoot surpresa: Sweetest Gifts

OE E-E

Então, lembram-se das duas One Shoots que eu estou escrevendo? Essa aqui vem antes das duas.

Por que eu estou postando antes? Porque é um conto pequeno, de umas 400 palavras, e eu consegui terminar a versão final dele ontem a noite.

Já sabem onde clicar!

Não era fácil pertencer à família Bloom. Ainda mais quando você era a caçula. Era quase impossível sendo a caçula de gêmeas.

Mas a dificuldade de Madeleine era bem maior do que isso. Seus pais, Andrew e Rebecca, souberam que havia algo de errado com a filha no instante em que nasceu: seus cabelos dourados e olhos azuis não se adequavam com o padrão de cabelo preto e olhos vermelhos dos Bloom. As pequenas bochechinhas, fofas e rosadas, não se adequavam com as bochechas finas e pálidas dos Bloom. Os sorrisos radiantes não se adequavam com o olhar de sarcasmo e desprezo dos Bloom.

Desde o começo da Dinastia Bloom, cerca de um milhão e meio de anos atrás, nenhum Bloom havia nascido com algo que não fossem cabelos negros e olhos cor de sangue.

Nenhum antes ou depois dela.

Nenhum nasceu parecendo um bebê-anjo.

Andrew e Rebecca descobriram rapidamente que Madeleine tinha poderes. Seus cabelos ficavam de um loiro platinado quase branco, e com olhos cinzentos, quando ela ficava triste. Ruiva de olhos verdes quando estava feliz. Morena com íris dourada na agitação. E finalmente, cabelos pretos e olhos vermelhos na raiva, amargura, repressão e cansaço.

Não é necessário saber somar 2 + 2 para saber que eles resolveram infernizar a filha, para mantê-la com aparência Bloom. Afinal, ela geraria polêmica na família, e todos eles seriam mortos por fazer algo fora do padrão, uma criança problemática que sujaria o sangue da família. O problema era Madeleine, e não seus pais.

Agora, 527 anos depois, ela saltitava no jardim do palácio, dançando ao som do próprio assobio, que os pássaros repetiam. Seus cabelos assumiam um tom ruivo, e os olhos tornavam-se verdes. Ela irradiava felicidade, paz e compaixão. Aquele era um de seus raros momentos de liberdade e alegria.

As folhas outonais caiam aos seus pés. O sol brilhava em sua pele (afinal, os Bloom são mais evoluídos, e o sol não queima eles).

Natalie estava ocupada, comemorando seu aniversário de 528 anos, com uma de suas costumeiras festas enormes e cheias de presentes.

Madeleine tinha direito a apenas um presente. Ela nunca tivera uma festa.

O presente que ela escolheu neste ano fora um dia sem ter que obedecer à irmã.

Mal sabia ela que, um dia, ela passaria seu aniversário jogando lazer-tag com seus amigos. Mal sabia ela que, um dia, ela teria amigos.

Mas ela nunca voltou a atingir os cabelos loiros e olhos azuis, pois estes representavam uma alma pura. Porém, a alma dela já estava conturbada demais para isso.

~//~

É isso E-E

O que acharam? Comentem!

-Lala