17/11/2013

Jar Of Hearts- Capítulo 3

Katheryn, pare de comer o seu cenário! -qqqqq

Oim
Não vou enrolar vocês, cliquem no leia mais e.e
OBS: Esse vai ser um dos maiores capítulos da fic e-e




Ouvi uma batida na porta da biblioteca. Maddie abriu sem pedir e correu até o mezanino:

                - O que você está fazendo? Porque está com esse livro velho? – Ela puxou o livro da mesa e olhou a capa de couro velho e empoeirado
                - N-N-Não toque! – Eu gaguejei. Por que eu sempre fico confusa e gaguejo quando falo com outras pessoas?!
                - O livro! Você... – Senti a voz dela tremer – Você roubou isso! Por que?!
                - Se pretendemos destruir Branka, precisamos saber como destruí-la!
                - E o que você descobriu? – Maddie sentou-se em cima da mesa e me encarou. Havia um brilho destrutivo em seus olhos vermelhos, e aquele brilho significava que ela estava tendo ideias cruéis
                - Branka alterou o DNA dela para se tornar indestrutível – Eu disse, serenamente, como se tivesse acabado de falar que tinha comprado um par de sapatos novo (acreditem, eu faço muito isso)
                - Como?!
                - Ela roubou o livro proibido. Eu vi marcas de dedos nele, e eram exatamente do tamanho que os dedos da Branka eram á uns 60 anos. Depois de roubar, ela o devolveu, e rasgou a página onde havia uma explicação de sobre alterações no próprio DNA, para que mais ninguém soubesse o que ela tinha feito, como ela tinha feito e como destrui-la. Ah, ela sabe como destruir vampiros normais – Por mais que tentasse controlar, eu percebi que minha voz tremia
                - Entendi. Então não sabemos como deter Branka e o que devemos fazer? Fácil – Havia um tom de sarcasmo muito forte na voz de Maddie. Eu me questionei se ela iria desistir?
                Antes que uma de nós pudesse falar qualquer coisa, eu arranquei o livro das mãos de Maddie e desci. Já estava na sala quando minha irmã me alcançou:
                - O que foi aquilo?
                - Aquilo o que?
                - Aquela explosão que você deu ontem
                - N-Nada – Eu gaguejei. Por dentro, eu estava brava com Maddie, por tudo, tudo mesmo
                - Eu sei que foi algo. Fale agora! O que você está escondendo de mim?
                - Nada... é que... – Eu realmente não tinha ideia do que falar
                - Você está sendo idiota. Você É idiota
                Sabe quando você fica tão brava, mais tão brava que perde a noção do que está fazendo? Sabe quando você quer gritar tudo que está dentro de você? Depois de séculos ficando calada, eu não aguentei:
                - Eu sou idiota? Eu sou burra? Acho que não, Madeleine. Quem aqui é que é a tonta e nojenta cuja coisa mais inteligente que já fez na vida foi calar a boca uma vez? Quem aqui é a idiota que acha inteligente jogar coisas na irmã? Você é uma idiota!
                Passaram uns 30 segundos em que a Maddie ficou me encarando em silêncio, com ódio nos olhos, e em seguida, ela me deu um tapa na cara. Eu senti um fio de ódio passando por minhas veias. Senti também um empurrão, e caí no chão, abaixada. Maddie começou a me bater. Eu senti muita, mas muita raiva dela. Por muito tempo eu deixei ela ganhar, deixei ela me espancar. Eu deixei de cabeça baixa, como uma perdedora, uma fracassada. Mas eu não queria ser uma perdedora ou uma fracassada agora.
                Minha irmã ergueu o braço para me dar mais um tapa, quando eu segurei o braço dela. E o virei:
                - O que você está fazendo?! – Ela exclamou, indignada. Se sua indignação era puramente um efeito-choque do susto ou raiva, eu não sabia
                - O que eu devia ter feito á muito tempo – Havia um tom de felicidade com irônia na minha voz
                Meu corpo doía um pouco pelos tapas, mas isso não me impediu de segurar o outro pulso dela e o prendi atrás de suas costas. Lembro perfeitamente da sensação quem tive no momento seguinte: chutei as costas de Maddie, e, sem hesitar,  eu corri para o meu quarto e tranquei a porta. 
Duas perguntas dominavam meus pensamentos. O primeiro: por que eu tinha feito aquilo?! Maddie iria me matar (e olha que vampiros já estão mortos) e depois me matar de novo! O segundo: eu tinha feito aquilo... devolvido as ações de Madeleine na mesma moeda. Como eu tinha conseguido? Eu sempre fui rotulada como a gêmea mais fraca, mesmo sendo a mais forte no emocional. 
Eu precisava me livrar daquelas perguntas, com respostas. A primeira devia ser que eu precisava sentir a vingança. A segunda, talvez EU fosse a gêmea mais forte.
Eu entrei no meu banheiro e sentei no chão. Ai você pensa "Que nojo, sentar no chão de um lugar sujo como um banheiro". Mas o meu banheiro não é sujo, em primeiro lugar porque eu sou alérgica à poeira (e a camarões também). Em segundo lugar, imagine duas vezes a sua sala de aula, sem móveis. Agora imagine um piso de mármore branco e paredes num tom claro e azul piscina. Coloque alguns armários de carvalho cobrindo as paredes e prateleiras de vidro em mais ou menos um terço desse lugar, e encha-os com cosméticos, de todas as marcas (de Avon à Dior, mas principalmente no nível da Dior). Coloque uma sala com um vaso sanitário e papel higiênico. E uma banheira um pouco maior que uma jacuzzi, um espelho com moldura prateada (que mostra reflexos de vampiros e como alguns monstros seriam se fossem humanos),uma pia de mármore e carvalho, com um abridor de água cravejado de diamantes para a água gelada e um com rubis para água quente. Pra completar, coloque cortinas de seda azuis e tapetes brancos felpudos. Esse é o meu banheiro.
                Voltando ao assunto, eu estava sentada pensando na vida quando olhei para o espelho. Havia um reflexo de uma menina lá, mas definitivamente não era eu. Ela tinha cabelos castanho-avermelhados até a cintura, que estavam elegantemente desarrumados, e olhos de um tom azul-mar. Porém, seus traços eram iguais aos meus, com apenas as partes bonitas de cada pedaço da Europa. Ela tinha mais ou menos a minha altura, talvez um pouco mais gorda - até porque eu sou muito, mais muito magra, e não gosto disso. A pele dela também era mais bronzeada que a minha, mesmo sendo considerada pálida nos padrões normies. Ela usava um vestido preto rasgado embaixo, um pouco acima dos tornozelos – que outrora talvez tivesse chegado aos pés da garota, mas ela talvez tivesse rasgado as pontas propositalmente –, as mangas eram compridas, com alguns detalhes que pareciam com flores murchas e a cintura do vestido era bem marcada. Em seu rosto havia maquiagem: sombra roxa nas pálpebras, delineador preto nos olhos e batom cor de vinho nos lábios. Pra completar, ela usava uma gargantilha preta com um único pingente, este era feito de prata, e botas pretas com cadarços cinzas. A garota se encontrava deitada no meio da neve, olhando para o céu, que estava nevando e nublado. Ela parecia não ter preocupações na vida, e também aparentava estar feliz com isso. Eu me aproximei um pouco do espelho, mais um pouco... estava a uns dez centímetros do espelho quando a garota se levantou e me olhou de cima a baixo:
                - Natalie Bloom... vampira? – Sua voz soava como se ela tivesse olhado para algo que fosse completamente oposto e contrário a ela
                - Ah, oi, você é... – Eu hesitei um pouco e pensei por alguns segundos – Natalie Bloom... humana?
                - Acertou. O que faz aqui? Teve problemas com a Madeleine novamente? Não me diga que você ainda deixa ela te dominar?
                Eu estranhei um pouco isso. Era a primeira vez que eu via uma versão minha normie na vida, e não é muito natural que alguém com quem você nunca se quer falou saber que você e sua irmã não se dão bem. Mas ela era eu, ou quase, então devia saber do que estava falando.
                - Um pouco. Mas porque você está tão bem, afinal, seus irmãos, ou meus, não sei ao certo, não te odeiam? Como foi que chegou aos 1400 anos com essa cara? Isso não é natural para normies!
                - Em primeiro lugar, eles não me odeiam, e inclusive eu sou a “queridinha”. Em segundo lugar, sendo um reflexo seu na versão normie, eu tenho o poder da imortalidade e de permanecer com a sua aparência. Além disso, eu sei qual o seu futuro.
                - Entendi... eu acho. O que eu posso fazer para destruir Branka? Como posso fazer isso? E onde Branka está? Como chego lá?
                - Siga seu coração e seja você mesma. Realize o seu segundo maior desejo, destrua Branka e realize o seu maior desejo. É só isso que posso falar – Ela fez uma breve pausa como se tentasse se lembrar de algo importante – Ah, Branka está em seu covil maligno, a alguns quilômetros do Palácio da Origem. E você precisa se unir com Maddie e com algumas amigas suas pra conseguir destruir Branka. É isso. Agora, eu preciso ir. – Ela saiu caminhando misteriosamente pela neve, até desaparecer no horizonte.
                Eu permaneci parada, encarando ela. Tão segura de si mesma, tão forte. Se ela não fosse tão parecida comigo, eu duvidaria que ela fosse uma parte de mim.
                Eu precisava me desculpar com Maddie. Aquela hora, eu esperava encontrar minha irmã afiando um facão enorme e planejando me fatiar em pedacinhos.
                Sai do banheiro, destranquei meu quarto, andei pelo corredor e bati na porta de Maddie. Como não recebi nenhuma resposta, entrei assim mesmo. Mas o que eu encontrei foi o oposto do que eu esperava. Minha irmã estava sentada em sua cama, abraçada em uma almofada e chorando. Aquilo era aterrador, mesmo que eu tivesse “pegado leve” com ela, comparando com o tudo que ela já tinha feito comigo. Mesmo assim, eu caminhei até perto dela e disse:
                - Maddie? Eu tenho que te contar uma coisa... sobre como destruir Branka – Eu falei direto mesmo. Não estava com vontade de ser gentil e nem de ficar enrolando. Precisávamos destruir Branka antes de que ela nos destruísse.
                Imediatamente, Maddie abriu um sorriso e largou a almofada. Seus olhos fitaram os meus. O legal de ser a gêmea mais inteligente é saber que a sua irmã pode ser facilmente convencida de qualquer coisa se isso interessar a ela. Como um cachorrinho que faz tudo por um osso.
                - O que precisamos fazer? – Ela me perguntou, com os olhos brilhando
                - Nos unir, e precisamos da ajuda das suas amigas. Sabe... Zendaya, Belle, Lana e Darla.
                - Isso vai ser fácil. O que mais?
                - Também precisamos chegar ao covil de Branka, que fica a alguns quilômetros do Palácio da Origem. Essa parte é fácil, podemos usar os anéis para transporte.
                - Vou falar com as minhas amigas, vá pensar em algo.
                Por mais que tenha sido uma conversa curta e ligeiramente mal educada, foi uma das minhas melhores conversas com Maddie.
                Eu sempre pensei melhor na água, então aproveitei e fui tomar um banho. Concluí que Branka devia estar nos esperando, então já teria preparado alguma armadilha. E também pensei em como destruir ela. A melhor resposta que eu encontrei foi que deveríamos enfiar uma estaca de madeira em seu coração e empurra-la ao Sol. Se você usa duas formas de matar - que funcionem pra espécie orginal da pessoa - seguidas em alguém com DNA modificado, esse ser vai morrer.
                Quando terminei meu banho, me troquei e fui para a sala. Realmente, Maddie tinha sido eficiente: Zendaya e Darla estavam sentadas no sofá com a mesma cara que ela faz quando tem muita gente zoando; Belle e Lana estavam paradas ao lado de Maddie, conversando sobre algo. Maddie me encarou:
                - Agora podemos ir!
                Darla se segurou no braço enquadro de Maddie e Zendaya no direito, enquanto Belle segurava no meu braço direito e Lana no meu braço esquerdo. Maddie e eu batemos nossos anéis e entramos todas em uma espécie de redemoinho. Tudo girou, e nós caímos em uma sala fechada, onde eu senti a temperatura cair uns dez graus. Uma gaiola caiu sobre nós e Branka apareceu:
                - Ora, ora, as convidadas de honra chegaram!
                Em seguida, as luzes se apagaram e eu senti uma pancada na minha cabeça. As ultimas coisas que eu lembro de ter ouvido foram outras pancadas, o que quer dizer que eu não fui a única a desmaiar.

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Eu estou orgulhosa de mim porque esse foi o maior capítulo da fic, com mais de 2030 palavras :3
O que acharam? Gostaram? Comentem \o/

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7 comentários:

  1. AAAH QUE DIWO *U*
    NADA MAIS A DECLARAR (Y) ~Foda-se se emoticons não pegam aqui -qq

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  2. Nem sei o que dizer,está exatamente perfeito *U*
    Beijos

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  3. Quanta diwassaum mossa, quero mais :3

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  4. Mds Lala, quanta diwassaum *U*
    PARE DE DIZER QUE TU ESCREVE MAL, PORQUE VOCÊ ESCREVE MUITO BEM. SEM DISCUSSÃO.
    E EU TO ANSIOSA PELO PRÓXIMO \O/

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  5. Você escreve muito bem Lala *w* Ansiosa pelo próximo. /Ayumi

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