03/08/2014

One Shoot: O Passado Enterrado na Neve

Só por ter Little Mix, Cher Lloyd e Fifth Harmony, a TNLT já valeu a pena.

OE E-E

Então, eu finalmente vou postar a One Shoot que eu apresentei no penúltimo post. Já sabem onde clicar!




Madeleine abriu seus olhos e respirou fundo. Mais um dia, infelizmente.
A cama dela era de solteiro, com uma cabeceira simples. Ao contrário da cama de casal enorme e elegante que ficava do outro lado do quarto. Aquela cama era a cama de Natalie, que ainda dormia na tal cama.
Madeleine agradeceu por sua irmã ainda estar dormindo, assim ela não monopolizaria o banheiro. Madeleine se levantou, com preguiça, e foi até o banheiro. Ela estava terminando de escovar os dentes quando ouviu duas batidas violentas na porta:
- Eu quero usar o banheiro! Saia! – era Natalie. Madeleine se perguntou se sua irmã não cansava de ser chata.
- Estou indo – Madeleine respondeu, guardando a escova. Ela abriu a porta.
Natalie entrou, furiosa por ter perdido 15 preciosos segundos do seu tempo esperando a irmã terminar de usar o banheiro. Natalie pegou uma escova de cabelo de madeira e bateu com força na cabeça da irmã. Madeleine abaixou a cabeça e saiu do banheiro.
Ela tinha parado de se importar havia muito tempo. Natalie sempre foi uma tirana. Isso fazia parte da educação que os irmãos lhe deram: na mente deles, irmãos mais velhos mandavam nos mais novos. Segundo eles, isso se intensificava com gêmeos. Madeleine cresceu ouvindo os berros e ordens da irmã, que sempre batia nela quando ela não fazia o que mandava.
Madeleine se sentou na cadeira mais próxima, tocando o tecido do vestido. Era simples, porque Natalie havia mandado fazerem roupas simples para Madeleine (enquanto as da própria Natalie eram elaboradas). Ela respirou fundo. Já estava acostumada com aquilo.
Natalie demorou quase uma eternidade para sair. Assim que saiu do banheiro, ela foi tomar café da manhã. Madeleine seguiu a irmã.
No café, como em todas as refeições, Natalie bateu nas mãos da irmã quando Madeleine foi se servir. Essa, por sua vez, esperou seus cinco irmãos se servirem, até que sobrasse pouca comida – sendo que os pratos frios estavam quentes e vice versa – para ela comer. A torrada borrachuda, a manteiga quase líquida, o leite azedo e a fatia de bacon quase cru teriam que ser suficientes para manter Madeleine de pé até o almoço.
Então, Natalie decidiu que ela queria ir até dois andares abaixo, do outro lado do castelo, para tomar chá. Sua outra ordem foi pior: Madeleine, que era cerca de cinco centímetros e uns cinco quilos mais magra que a irmã, teria que carregar Natalie até o ponto onde Natalie tomaria chá, porque Natalie estava com preguiça de andar.
Madeleine segurou a irmã no colo e começou a andar desajeitadamente e sem ver para onde ia. Logo no final do primeiro lance de escadas, ela torceu o tornozelo. Sem dizer nada, ela continuou mancando, até cair. Madeleine caiu de costas escada abaixo, enquanto Natalie descia sentada em cima dela, com desdém.
Depois de Madeleine penar muito, elas conseguiram chegar até onde Natalie queria ir.
- Eu quero chá preto – Natalie ordenou. Madeleine sabia que sua irmã não perguntaria o que era a vontade dela. Madeleine concordou com a cabeça e foi pegar o chá.
Assim que voltou com o chá, Madeleine serviu-o para a irmã. Natalie mal encostou o chá na boca e já inventou reclamações.
- Está muito quente! E eu queria chá de romã, e não chá preto, sua idiota! – Natalie gritou.
- Mas você pediu preto! – Madeleine respondeu. Não era de sua natureza erguer o tom de voz, muito menos responder.
- Eu quero de romã! – Natalie respondeu, como a criança mimada que era. Então, ela pegou a xícara de chá quente praticamente cheia e atirou-a num dos braços da irmã, queimando-os.
Madeleine abraçou o braço queimado e ardente. Então, ela viu um vulto branco – a xícara – voando em sua direção e se virou. Ela não foi rápida o suficiente, porque a xícara bateu em sua clavícula e se quebrou, criando um corte feio.
- Vá logo preparar outra xícara, sua abestada! – Natalie ordenou.
Madeleine não respondeu, apenas abaixou a cabeça. Ela sentiu as lágrimas chegando, então saiu. Natalie podia achar que era para fazer a porcaria do chá, mas Madeleine tinha outros planos.
Ela ajeitou o cabelo, subiu a gola alta da blusa de modo que ela cobrisse melhor o corte e abaixou as mangas da blusa, que estavam dobradas, para esconder a queimadura.
Madeleine mancou por causa do tornozelo até a sala do trono. Ela fez uma reverência, e entrou.
- Pai, mãe – ela começou a falar, e logo se apressou em se corrigir – Quero dizer, senhor, senhora.
- Se está aqui para falar sobre a sua irmã novamente, não vamos ouvi-la. Qualquer um com olhos sabe qual de vocês duas é superior – Rebecca cortou-a.
- Mas... – Madeleine tentou dizer.
- Mas nada. Volte para cima e obedeça sua irmã antes que você se arrependa de ter vindo aqui – Andrew ameaçou.
Madeleine apenas concordou com a cabeça e abaixou-a novamente, saindo. Seus pais nunca lhe deram ouvidos, e não havia motivo para darem agora.
Ela seguiu novamente para a cozinha, e preparou só a água quente, deixando os potinhos com as plantas do chá à parte, assim como o açúcar e o leite. Depois de servir o chá para a irmã, Madeleine saiu – antes que Natalie pudesse fazer qualquer objeção – e correu para o quarto.
Os Bloom sempre foram muito evoluídos em relação aos normies – eles tinham eletricidade e geladeira em plena Idade Média. Madeleine tinha uma caixa cheia de medicamentos, para quando sua irmã lhe agredia. Ela pegou a caixa embaixo da própria cama e abriu-a. Retirando ataduras, água gelada e um esterilizante, ela passou-os no corte sangrento e na queimadura, e depois trocou de roupa.
Madeleine sempre foi muito mais inteligente que qualquer um da sua idade. Mais hábil. Ela não sabia o motivo. Nunca soube o motivo de ela sempre saber exatamente qual remédio usar pra qual ferimento.
Mal sabia ela que isso era um efeito colateral de seus poderes. Ela sempre se achou o fruto podre da árvore, a ovelha negra do rebanho, o peixe que nada contra a maré. E sempre foi. Só que positivamente.
O dia se passou daquele jeito: Natalie sendo uma tirana, ela comendo pouco e obedecendo a irmã. Todos os dias eram assim.
Durante a noite, Madeleine não conseguiu dormir direito – ela nunca conseguia. Tinha pesadelos, mas não podia gritar – para não acordar a irmã.
Era horrível viver daquele jeito. Sempre fora, e sempre seria.

_____________________
É isso! O que acharam? Gostaram? Comentem!
~Lala

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14 comentários:

  1. ;AAAAAAAAAAAAAAA;
    E TOCANDO MÚSICA DEPRÊ AQUI D:
    Admito que as torturas com a Naty foram bem dadas e ela mereceu u-u e bom que deu uma lição. Continuo gostando dela tb E-E
    Porra, Maddie foi escrava na infância, e achei a Naty muito filha da fruta fazendo essas coisas (e acho seus vilões legais, que fazem coisas piores, me julgue)
    Pena que é one shoot ;-; mas tá muito perfeito moça, to sem comentários, elogios criados pelo homem não são o suficientes <3
    Bjau

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    1. FOI MACUMBA MINHA E-E
      EU SEI E-E
      A Maddie concorda com tu E-E
      "Elogios criados pelo homem" e pelos polvos?
      Beijus '3'

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  2. Hã? Buguei '--'
    Desde quando a Naty é tirana e a Maddie obedece alguém? Não era meio que ao contrário? Por que a Naty era tirana? Por que a Maddie obedecia alguém? O que está acontecendo? Por que essa mudança de personalidade?
    Enfim,tirando minhas milhares de perguntas,eu gosti :3 Ainda continuo gostando mais da Naty,desculpa sociedade.

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    1. Sempre foi assim, só mudou quando aquela época da Childhood Nightmares transformou a Naty num amor de pessoa e a Maddie na barreira viva, ácida, sarcástica e grossa que todos nós conhecemos.
      A Naty era tirana porque ela não nasceu estranha (ou seja, loira de olho azul), além de ter nascido primeiro. Pros Bloom, o irmão mais velho é o dominante, principalmente no caso de gêmeos. Ela foi criada como todos os Bloom, para ser uma tirana. Os pais dela só deixaram ela mais tirana do que já deveria ser porque a Maddie era um caso raro de "EU TENHO PODERES FOFINHOS, ME ODEIEM!"
      A Maddie obedecia porque foi criada para calar a boca e obedecer, ser um capacho. Ela se tornou a garota eu-não-te-obedeceria-nem-se-você-me-pagasse-a-sua-vida que ela é hoje porque ela é mentalmente torturada E-E
      Elas mudaram porque meio que a dor externa fez a Naty se tocar de como ela era horrível, além de que agora ela não podia mais brigar com ninguém, ou mandar em ninguém. Enquanto isso, a dor interna fez a Maddie esconder seus dois lados (o anjo e o demônio) com uma casca impermeável de o que ela é agora. Ela prefere passar todos os dias da vida infeliz do que deixar quem está ao redor dela infeliz com a infelicidade dela.
      E-E eu sempre preferi a Maddie, mas opinião é opinião

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  3. Gnt, vou comentar aqui pq isso foi épico porra
    Sempre gostei mais da Naty pois achava que ela era extamente o que a Maddie era. Foi super inteligente o modo como você reverteu o jogo e fez mais sentido. E é muito interessante ver de diferentes POVs, o modo de que só viu o que a Naty pensava, só que ela n é coitadinha porra nenhuma. Ela sofreu pacarai mas nāo justifica nada. E a Maddie sempre foi bem legal com a Naty.
    Eu tô gostando dessas treta, adoron <3 Seus vilōes sāo os melhores, nunca consigo nāo gostar deles E-E
    Amei <333 Ficou muito bem escrita <3 Ficou lind
    Fiquei escutando Jar of Hearts aqui
    Beijos. Beu

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    1. Me senti honrada por tu comentar :')
      Estava na hora de mudar as regras. A Natalie mudou realmente muito, se tornou mais doce. E a Maddie se tornou a garota que todos conhecemos.
      Tretaaaaaaaaaaas <3
      Vilões <333
      <333333333333333333333
      E eu to ouvindo A Thousand Years
      Beijus '3'

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  4. DE INICIO BUGOU MEU CÉREBRO PORQUE EU ACHAVA QUE A NATY ERA A COITADA -Q
    Enfim,eu adorei u-u
    EO TÔ TRISTE, ESSAS PORRA SÃO MUITO CURTAS ;-;
    É tão curta que não sei nem o que comentar -q
    Nós deveríamos fazer uma vaquinha para te pagar e escrever mais -q
    AINDA TÔ BOLADA PORQUE É CURTA E-E
    Não sei nem o que dizer mesmo, acho que todo mundo já disse o que eu queria E-E

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    1. SABE DE ND, INOCENTE
      APROVO ME PAGAREM E-E
      VAI SE CORTÁ Qq
      E-E

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    2. O capítulo de uma jovem de 12 anos é mais de 300 reis E--E
      Beu

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    3. Não me deixe mais velha pfvr, 12 anos só daqui a 16 dias

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  5. OE KRL
    PORRA NATY E-E PORRA PAIS DA MADDIE E-E
    O JEITO QUE TU ESCREVE É MUITO DIWO CARA, TU TEM MTO TALENTO KRL <3 (e como se não bastasse também tem criatividade -q)
    TODO MUNDO AÍ FAZENDO COMENTÁRIO GIGANTE E EU NÃO SEI O QUE ESCREVER E-E
    Li a tua resposta pra Ana e achei a Maddie um amor de pçoa E-E
    A ONE SHOOT TÁ DIWA, IGUAL A TODAS AS TUAS HISTÓRIAS

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    1. PORRA E-E
      N TENHO E-E
      PELO MENOS USOU CAPS LOCK, PQ CAPS LOCK É OSTENTAÇÃO
      A MADDIE É E-E
      OBG <333

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  6. Quer dizer que a Naty também torturava a Maddie (tanto psicológicamente e literalmente)?
    Pena da Maddie,sempre gostei da Naty,mas gosto muito da Maddie.
    Então a Maddie (e os pais dela :B) nunca contaram para os outros Bloom,que a Maddie tinha poderes?
    Porém a Natalie só descobriu que tinha poderes depois?
    Depois de muitas perguntas,amei a oneshoot ^-^
    Bjos.

    Inessa

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    1. Sim, totalmente E-E
      Nunca. A Maddie não devia ter os poderes, e os pais dela tratavam como uma maldição, e não um dom. Não era motivo de orgulho E-E
      A Naty é mais lenta em questão à Maddie, porque a Maddie é uma espécie de prodígio. Nenhuma das duas devia ter poderes, mas as duas tem. E a Maddie controla os dela perfeitamente bem E-E
      ^^
      Beijos '3'

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